Grupo de hackers 'Anônimos' leva batalha contra a Sony para o lado pessoal

Nesta semana o caso Sony versus GeoHot teve desdobramentos inesperados quando os “Anônimos”, auto-intitulados ciber-ativistas e defensores da liberdade na internet, entraram na briga para defender o hacker. Depois de fazerem ameaças e de terem, supostamente, atacado os sites da empresa, eles agora pretendem levar a batalha para o lado pessoal.

Uma pequena “força tarefa”, separada do grupo principal que está enfrentando a Sony, começou a organizar ataques pessoais a executivos da empresa. A ideia é, essencialmente, conseguir dados como nome, telefone e endereço dos envolvidos e disponibilizá-los para que os outros possam “tocar o terror”.

Entre as sugestões de ações discutidas pelo grupo de “terroristas” no seu canal de IRC estão desde simples trotes telefônicos até o envio de cartões postais avisando que o destinatário contraiu alguma Doença Sexualmente Transmissível. Usar os nomes e informações das “vítimas” para postar anúncios de “serviços eróticos” no site Craiglist também está entre as sugestões.

Uma das primeiras vítimas foi Robert S. Wiesenthal, VP Executivo e CFO da Sony Corporation americana. Além de divulgarem sua idade, estado civil, endereço e escolaridade, os “Anônimos” também descobriram se “ele tem ou não filhos”.

Na sua conta do Twitter, o hacker Youness Alaoui (também conhecido como KaKaRoToKS, que também colaborou com o desbloqueio do PlayStation 3) disse que a “equipe de reconhecimento” da Operação Sony não está fazendo nada ilegal, só está reunindo informações que já estão disponíveis na internet. Ele disse ainda que não há ataques sendo feitos, que não está participando dos ataques de DDoS nos sites da Sony. “Os Anônimos são contra violência ou ameaçar/atacar pessoas”, disse. O site da empresa de advocacia que está defendendo a empresa no caso também foi derrubado.

É difícil de entender como esse tipo de ação vai ajudar alguém nesse litígio. Mas, quem sabe, eles podem até achar que estão fazendo uma coisa boa de verdade. Grupos como esse são difíceis de controlar, por natureza, e a maldade acaba aparecendo eventualmente.

Enquanto isso, a batalha da Sony contra os hackers continua.